Título

Avaliação do branqueamento e resiliência dos corais na Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas (APAIPS)

Autora

Supervisores

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Michella Winner Joice Macunguel

Isabel Maria Sousa Lima Marques da Silva & João Paulo Macuio

Resumo

Os recifes de coral e as ilhas tropicais estão entre os ecossistemas e sociedades mais vulneráveis do planeta às mudanças climáticas. Desde o evento de branqueamento do coral em 1998, o Oceano Índico vem sofrendo sequelas das mudanças climáticas que também proporcionam eventos em escala planetária como, secas repetidas na África Oriental, ciclones e inundações no Sul da Ásia e em Moçambique. O objectivo da pesquisa era avaliar o branqueamento e resiliência dos corais na Área de Protecção Ambiental das ilhas Primeiras e Segundas. Durante a maré baixa foram realizados mergulhos periódicos com duração de aproximadamente 1 hora a uma profundidade não superior a 15 metros nos 5 sites de amostragem. Em cada local foram feitos 3 sites e em cada site 3 transectos de 50 m de comprimento, totalizando 150 metros. Em média, foram tiradas 25 fotografias em cada transecto. Elas foram analisadas usando o Programa CPCe e o pacote estatístico R para a construção dos gráficos. Foram encontrados no total 34 géneros de corais, 2 de coral mole e 32 de coral duro, sendo que o género de coral mole visto com mais frequência foi Sarcophyton e os géneros de coral duro foram Acropora e Porites. Os resultados mostraram que há pouca percentagem de branqueamento em todas as ilhas sendo que 0.36% na ilha Fogo, 0,40% na ilha Puga-Puga, 0,63% na ilha Epidendron, 0,25% na ilha Caldeira e 0,35% na ilha Mafamede. As ilhas Caldeira e Puga-Puga mostraram-se mais resilientes em relação as outras por terem sido dominadas por formas de crescimento e géneros resilientes.

Palavras-Chave

Recifes de Coral. Branqueamento. Resiliência. Mudanças climáticas. Ilhas Primeiras e Segundas.