Após a aprovação em 2012 do projecto Verde Lúrio, pelo Fundo de Desenvolvimento Institucional, que consistiu na construção dum Jardim Botânico, e seguido os processos logísticos e de construção da estufa entre 2012 e 2014, em 2014 a Faculdade de Ciências Naturais da UniLúrio, Polo de Pemba, foi entregue a obra da estufa já finalizada, no entanto, a estufa no seu interior era extremamente quente, o que não convinha para as plantas que se haviam selecionado, assim sendo começaram os trabalhos iniciais de multiplicação de mudas de baixo dos cajueiros do campus da FCN, com estudantes e os docentes Fane Macueia, Ali Ntombe, e Inocêncio Mulaveia.

Em 2015, o Jardim Botânico recebeu de cortesia pela mão da Professora Isabel da Silva na altura, e agora Professora Isabel da Silva, sementes da flora da Ilha de Vamizi, num total de 12 espécies, sendo uma delas a Cannavalia rosea, de nome vernacular Feijão da Praia. Uma espécie da família taxonómica Fabaceae, fixadora de nitrogénio. As sementes desta planta foram lançadas nos vasos de polietileno, mas desta vez colocadas no interior da estufa para teste de sobrevivência devido ao alegado calor, e estas germinaram e produziram mudas saudáveis vencendo a elevada temperatura, e estas criaram melhoria na atmosfera da estufa, reduzindo a temperatura interna.

Com o sucesso na sobrevivência, e acção de mudança de temperatura feita pela Cannavalia rosea, avançou-se na introdução de outras tantas espécies, quer no solo definitivo do interior da estufa, como no tabuleiro central de betão, formando um ecossistema extremamente verde, diversificado, atrativo e comodo quer para os utilizadores, visitantes da estufa, bem como as espécies animais de pequeno porte. Com a contribuição desta espécie iniciou-se a multiplicação intensiva de mudas, em particular de mudas florestais de Miombo, e o funcionamento do Jardim Botânico como tal. Por isso dizemos Obrigado Cannavalia rosea, a planta que iniciou o Jardim Botânico da Faculdade de Ciências Naturais.