Prezados!

Hoje, passam 12 anos, desde que abrimos o polo de Pemba, e na altura eramos poucos, quer da parte dos Engenheiros, assim como dos Biólogos. Durante todo este tempo, caminhamos com muita coragem, e sobretudo uma grande vontade de querer crescer. Foi quando percebemos que a nossa energia devia ser interligada para gerar uma força motriz, única que viria a transformar e engrandecer os feitos de hoje, particularmente na FCN, conseguimos, para além do seu primeiro curso de Licenciatura em Ciência Biológicas, introduzir mais dois cursos de mestrado. Em 2015, começamos com o curso de mestrado em Ecologia, que considera-se à continuidade do curso de Ciências Biologia e em 2016 o de Gestão das Organizações e Responsabilidade Corporativa, ambos ao nível de pós-graduação, com objectivo principal de transferir competências ao corpo técnico do polo e dos cidadãos em geral. É com grande satisfação que no ano passado, foram aprovados os dois cursos (Ciências Biológicas e Ecologia), submetidos ao Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade (CNAC).

Conseguimos ao longo do tempo, intensificar aulas de campo, construir uma estacão de pesquisa em Vamizi, negociar as nossas aulas terrestre em Taratibu (flora e fauna), apetrechar um laboratório multidisciplinar e com muito sacrifício, construir um jardim botânico sistemático, ambos com fundos do Desenvolvimento Institucional – FDI, do Governo de Moçambique. Durante todo este tempo com muito esforço e dedicação, graduamos com qualidade, cerca de 118 estudantes em Ciências Biológicas e 18 no Mestrado em Ecologia.

Na área científica, um dos grandes feitos, foi a publicação de primeiro número na revista cientifica local, Ufunta, com 4 artigos científico, produto da Faculdade de Ciências Naturais, que veio intensificar o número de publicações em revistas internacionais, onde o incremento subiu de 2 artigos científicos em 2018 para 17 em 2019, fazendo um cumulativo até ao presente ano de 19 artigos científicos.

Na área de extensão universitária, os departamentos académicos fizeram a transferência de vários conhecimentos para as comunidades, desde área marinha, botânica e terrestre. Pretendemos ainda, consolidar o desenvolvimento do pilar de bio empreendedorismo, com linhas definidas para cada área académica. A área de ecologia terrestre a dedicar-se à produção de ovos de aves; botânica, a consolidação da produção e venda de mudas e actividade apícola e a ecologia marinha, com as actividades de  natação e mergulho para servir as comunidades e de igual forma contribuir para a auto sustentabilidade.

Dentro da sua ousadia, a faculdade começou no seu laboratório, a produção de álcool a partir da matéria-prima local (Mandioca e Farelo de milho), como forma de contribuir com as acções de medidas de prevenção devido ao Novo Coronavírus.

A grande perspectiva da faculdade na área pedagógica é de avançar com mais 3 cursos, um de licenciatura em Gestão de Recursos Naturais, o Curso Superior Profissionalizante de extensionista e o mestrado em riscos de desastres e mudanças climáticas, perspectivado para o arranque em 2021, este ultimo em parceria com as universidades de Milano, Nova de Lisboa, UEM e Unizambeze.

Para terminar, queremos agradecer a todos e todas, desde CTAs, Docentes, Estudantes e os nossos parceiros, pela força, incentivo e coragem que tem imprimido na nossa jovem Faculdade para nos fazer cada vez melhor e termos chegado aonde estamos.

O nosso muito obrigado!

Marcelino Caravela.